Conhecendo a Maminha
- Renato Brito
- 17 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
Erroneamente acredita-se que a Maminha é retirada da alcatra, mas apesar de ser ligada por uma membrana, não se trata do mesmo músculo. Tanto que pode ser separada com as mãos, sem grandes dificuldades e sem cortes elaborados.
É localizada no fim da peça inteira da alcatra, próxima à ponta da agulha, no traseiro do boi, e pesa em média dois quilos. De fibras claras, tem pouco marmoreio e sabor suave, mas é extremamente macia e suculenta.
Por sua localização atende pelos nomes de ponta de alcatra ou colita de cuadril (espanhol), aiguillette baronne (francês) e tail of round ou tri-tip (inglês). Nos Estados Unidos foi tipicamente usada para carne moída ou cortada em bifes até o final dos anos 1950, quando descobriram que sua melhor forma era assada em peças inteiras.

No preparo norte-americano é marinada com sal, pimenta, alho e outros temperos e assada lentamente em fogo baixo sobre carvalho em uma rotisserie. O resultado é o tradicional bife de Santa Maria, um prato clássico californiano. Os franceses também preparam o aiguillette baronne assado inteiro. E não é diferente na Alemanha e no restante da Europa Ocidental.
Na América Central, a Maminha também é usada em assados, tanto em forno quanto em churrasqueiras e grelhas. Recebe diversos nomes como punta de solomo, punta de picaña. No México é conhecida como picaña e rabillo de cadera.
No Brasil, bem como em outros países da América do Sul, é muito valorizada para churrascos. Da mesma forma, é costume por aqui preparar a peça inteira, longe do fogo e em cozimento rápido para conservar seus sucos. Depois de assada, é fatiada no sentido contrário ao das fibras para acentuar sua maciez e sabor.
Mas os brasileiros ainda preparam a Maminha em cozidos de panela, assados de forno e braseados. Por ter sabor sutil e delicado, fica ótima com molhos ricos e encorpados. Pode inclusive substituir o filé mignon em pratos que exigem um bom e alto medalhão bovino.
Fonte: Feed.com.br
ความคิดเห็น